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sábado 17 de julho de 2021 às 09:40h

A aposta solar no Brasil pela Gerdau e Shell

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Projeto pioneiro no País combina captação eólica e solar. Empresas buscam autossuficiência em meio à crise hídrica

A geração de energia por fontes renováveis tem crescido de forma significativa nos últimos anos no Brasil. Há 20 anos, 90% da eletricidade vinha das hidrelétricas. Hoje esse número não chega a 60%. Nessa divisão, a energia oriunda do sistema fotovoltaico, ou solar, é a que registra a maior expansão no País, com salto de 70% no último ano, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ainda que represente apenas 1,8% da matriz energética brasileira, as perspectivas são de crescimento acelerado. Especialmente em um cenário de crise hídrica causado por acentuadas mudanças climáticas.

A gigante do aço Gerdau é uma das empresas que decidiram apostar na captação solar conforme matéria na revista IstoÉ Dinheiro. Na última sexta-feira (16), a siderúrgica assinou termo de cooperação com a Shell Brasil para o desenvolvimento de um parque solar em Brasilândia de Minas (MG). Com capacidade instalada de 190 megawatts (MW), o sistema irá fornecer energia sustentável para as unidades de produção de aço da Gerdau. Outra parte será vendida no mercado livre, a partir de 2024, pela comercializadora da Shell. Além da parceria com a Gerdau no projeto em Minas Gerais, a unidade brasileira da petrolífera planeja outro parque, na Paraíba.

Longo prazo

Investir na autossuficiência energética é uma estratégia para muitas empresas. No caso da companhia gaúcha de aço, a entrada no segmento se dá pela Gerdau Next, sua divisão de novos negócios. “A iniciativa fortalece a visão de longo prazo da companhia e o compromisso com a inclusão de fatores ESG como pilares fundamentais para as decisões estratégicas da empresa”, disse Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau e responsável pela Gerdau Next.

Recentemente, a Votorantim Energia também aportou recursos para o desenvolvimento de projetos solares. A empresa recebeu autorização da Aneel para erguer um piloto-piloto híbrido no País, no Piauí, com capacidade de 85 MW. Pelo sistema, a energia gerada durante o dia virá da solar e, à noite, do parque eólico. Assim como no caso da siderúrgica e da petrolífera, o projeto da empresa da família Ermírio de Moraes também será erguido por uma joint venture, em conjunto com a Canada Pension Plan Investment Board (CPP Investiments). Os investimentos somarão R$ 230 milhões. Gerdau e Shell Brasil não revelaram o aporte no parque solar de Minas Gerais.

No ano passado, foram aportados na infraestrutura de energia solar cerca de R$ 13 bilhões. Para este ano, a perspectiva é de alcançar R$ 22,6 bilhões.

Em uma época em que as grandes companhias entenderam a necessidade da aposta em ações sustentáveis, principalmente a partir da demanda da própria sociedade, investir no Sol, ainda mais no Brasil, pode ser uma boa solução para o futuro dos negócios.

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