A história da recriação do ministério da Segurança Pública explicitou a queda de braço não oficial entre Jair Bolsonaro e seu ministro mais popular, Sergio Moro (Justiça), além de revelar conforme a coluna Painel do jornal Folha, sobre a disputa interna pelo comando da Polícia Federal.
Em reuniões, Moro já teria se posicionado contrário à indicação de Anderson Torres para chefiar a PF. Secretário de Segurança do DF, Torres foi o principal articulador da recriação da pasta, medida que esvazia os poderes de Moro.
Com o veto de Moro à sua nomeação, Torres passou a articular a recriação do ministério com o apoio do ex-deputado Alberto Fraga (DEM). O ex-parlamentar tem dito, segundo a coluna, que está quase tudo certo para virar ministro, se a pasta for recriada, e que Torres será seu diretor-geral.
O secretário do DF tem se movimentado há quase um ano para virar chefe da Polícia Federal. A colegas, afirma ser o nome perfeito para a “arejada” que Bolsonaro disse à Folha querer dar na PF.
A disputa pelo poder da PF vem desde agosto, quando Bolsonaro ameaçou trocar o diretor-geral, Maurício Valeixo. O assunto nunca esfriou e a mudança é tratada como provável quase sempre desde então.
Nos bastidores, o secretário do DF tinha colocado como prazo limite para a definição de sucessão na PF a data de 31 de janeiro.