E quanto mais ricos eles eram no início do ano, mais ricos eles ficaram no fim de 2019
A forte presença criada nas mídias sociais da mais jovem bilionária do mundo, a blogueira Kylie Jenner, a criação de uma música “chiclete” capaz de tomar conta da cabeça de várias crianças e uma coleção crescente de ferros-velhos foram algumas das histórias curiosas que ajudaram a aumentar a fortuna de bilionários mundo afora neste ano.
E quanto mais ricos eles eram no início do ano, mais ricos eles ficaram no fim de 2019. De acordo com o índice Bloomberg Billionaires Index divulgado na última semana, as 500 pessoas mais dinheiro do mundo adicionaram US$ 1,2 trilhão no total às suas fortunas.
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O líder dos ganhos de 2019 foi o francês Bernard Arnault, que acrescentou US$ 36,5 bilhões à sua fortuna para se tornar a terceira pessoa mais rica do mundo. Ele ficou conhecido por ter dado escala a grifes como Dior e Louis Vuitton e ganhou até mesmo o apelido de “predador”.
Em compensação, 52 pessoas viram sua fortuna declinar no ano. O fundador da Amazon, Jeff Bezos, por exemplo, está entre os nomes. Ele viu o seu patrimônio diminuir em quase US$ 9 bilhões por conta de um acordo de divórcio que fez com a sua ex-esposa MacKenzie Bezos. Mesmo assim, ele vai terminar o ano como a pessoa mais rica do mundo com uma fortuna equivalente a US$ 116 bilhões.
Os mais endinheirados
E ele não está sozinho. Na liderança dos países com maior número de endinheirados, os bilionários norte-americanos adicionaram US$ 500 bilhões às suas fortunas neste ano. Entre os destaques estão o fundador do Facebook Inc., Mark Zuckerberg, que acrescentou US$ 27,4 bilhões e o co-fundador da Microsoft, Bill Gates, que adicionou US$ 22,7 bilhões no bolso neste ano.
Atrás dos Estados Unidos que têm 172 bilionários, os chineses vem aumentando cada vez a sua presença no grupo dos mais ricos do mundo. Segundo o índice divulgado na última semana, o número de endinheirados no país subiu para 52.
Entre os chineses que mais aumentaram a sua fortuna está He Xiangjian, fundador do maior exportador de ar-condicionado da China. Neste ano, ele viu sua riqueza subir 79% e saltar para US$ 23,3 bilhões. Mesmo assim, ele terminou o ano na quadragésima quarta posição no ranking divulgado pela Bloomberg.
Já na lista dos brasileiros mais endinheirados do ano há apenas 11 nomes. Na quadragésima terceira colocação está o empresário Jorge Paulo Lemann, que acrescentou US$ 4,24 bilhões à sua fortuna neste ano e que retomou a liderança dos mais ricos do país. Na sequência, está Joseph Safra que adicionou US$ 3,21 bilhões de dólares e que comandou por décadas o Banco Safra, fundado por seu pai em 1955.
Nem tão afortunados
Mas nem tudo foram flores. A fortuna pessoal de Rupert Murdoch diminuiu em cerca de US$ 10 bilhões depois que o valor arrecadado com compra de ativos da Walt Disney Co. pela Fox foram distribuídas aos seis filhos do empresário, tornando-os bilionários também.
Outro que também viu a sua riqueza cair foi Adam Neumann, fundador da rede de escritórios compartilhados WeWork. Ele viu sua fortuna implodir – pelo menos no papel – quando o valor da empresa caiu para US$ 8 bilhões em outubro, ante os estimados US$ 47 bilhões no início do ano. Ainda assim, o pacote de resgate do SoftBank Group Corp. deixou o status de bilionário do empresário intacto.