O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi destituído da presidência do PSL em São Paulo. A medida foi publicada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O afastamento do deputado ocorreu no mesmo dia em que o diretório nacional do PSL decidiu, por unanimidade, aplicar pena de suspensão a 14 parlamentares, entre eles o filho do presidente Jair Bolsonaro, e de advertência a outros quatro.
As punições haviam sido recomendadas pelo conselho de ética do partido na semana passada. O motivo alegado foi o desrespeito ao estatuto da legenda, já que os parlamentares, em rota de colisão com o presidente Luciano Bivar (PE), criticaram a direção da sigla e fizeram acusações sobre a gestão de diretórios e dos recursos financeiros.
A expulsão da legenda seria um motivo que, com base em exemplos anteriores, justificaria a filiação a outro partido sem perder o mandato, mas mesmo isso seria motivo de disputa judicial, já que o PSL havia dito que iria à Justiça para recuperar os mandatos dos bolsonaristas.
A debandada do PSL de apoiadores do presidente ocorre na mesma semana em que Bolsonaro registrou seu novo partido, o Aliança pelo Brasil.