Cinco postos de Salvador estão vendendo combustível na manhã deste domingo (27): Postos BR de Pirajá, Cidade Jardim, Posto dos Namorados (Pituba), além dos postos da Rodoviária e Avenida Vasco da Gama.
Em todos já há longas filas.
Tire suas dúvidas
O que está acontecendo?
Desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços para os combustíveis, em 3 de julho do ano passado, o óleo diesel subiu 56,5% na refinaria, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) – passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 (sem contar os impostos). O aumento acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional, exatamente a intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem tornando sua atividade inviável.
E, por isso, desde segunda-feira (21), eles pararam rodovias no País, causando o desabastecimento de produtos e de combustível nas cidades. Os protestos estão no 6º dia seguido. Na quinta-feira (24) o governo anunciou um acordo com lideranças de caminhoneiros, mas como o movimento é difuso, as manifestações continuaram. Na sexta-feira (25) o presidente Michel Temer acionou as forças de segurança nacionais para desbloquear rodovias. Pelo menos 10 aeroportos continuam sem combustível na tarde deste sábado.
O que os caminhoneiros querem exatamente?
A principal reivindicação dos caminhoneiros é a redução da carga tributária
sobre o diesel. Os motoristas pedem a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do combustível na refinaria. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo do frete.
Quando isso começou?
Na última semana, os caminhoneiros prometeram inciar a paralisação, caso o preço do diesel não fosse reduzido. As manifestações começaram na última segunda-feira, 21. As manifestações começaram na última segunda-feira, 21, e estão no seu 6º dia neste sábado.
O que o governo vai fazer?
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, fechou um acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para eliminar um tributo chamado Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), incidente sobre o diesel. Em contrapartida, o Congresso deverá aprovar a reoneração da folha de pagamento. O impacto fiscal da isenção do imposto sobre o diesel, de acordo com uma fonte da Receita Federal ouvida pelo Estadão/Broadcast, pode chegar a R$ 2 bilhões. O pacote do governo não agradou a todos os caminhoneiros. Então, os protestos continuaram e na sexta-feira, 25, o governo federal acionou a força nacional para desobstruir as estradas e começou a aplicar multas em quem continuar com a greve. A AGU pediu ao STF para declarar a greve como inconstitucional e a Polícia Federal está apurando se houve locaute. A PRF já aplicou 349 multas que totalizam R$ 1,77 milhão.
Quantos Estados foram afetados?
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou, no auge da greve, 25 Estados. Neste sábado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou no início da tarde que o número de pontos de manifestação identificados em rodovias federais aumentou de 938, registrados na sexta, para 1.140. Em São Paulo, 28 cidades estão em estado de emergência.