Em seu discurso após a eleição que o reconduziu nesta última segunda-feira (3) à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) agradeceu os votos dos 61 parlamentares. “Hoje, certamente, é mais um presente que Deus me dá: ser reconduzido pelas mãos de vocês, deputadas e deputados, para um terceiro mandato como chefe do Legislativo baiano. Não sabemos ainda o desfecho desta jornada, mas entrego nas mãos de Deus”, afirmou ele, logo no início de sua fala.
Adolfo Menezes destacou a alegria de ser reconhecido mais uma vez, por seus pares, como líder do Legislativo. “É mais que uma honra: é uma dívida, impagável, de profunda gratidão”. Ele contou que ter sido presidente da AL-BA por dois mandatos foi algo que nunca sonhou. “Meu pai, Pedro Gonzaga, saiu de sua terra, Adustina, em busca de oportunidades, e foi eleito prefeito de Campo Formoso, onde nasci. Aos meus olhos de menino, aquilo era o máximo”, explicou.
O parlamentar lembrou também no discurso de agradecimento do irmão, o ex-deputado Herculano Menezes, que, assim como o pai, já é falecido. “Em outra dimensão, meu pai e meu irmão estão vendo o seu filho no lugar em que ele nunca sonhou – e que acabou me levando, ainda que de forma interina, a governar a Bahia”, observou.
O presidente da AL-BA ressaltou que, mais do que envaidecido, se sente realizado por ter ido além de onde projetou. Ele lembrou da origem germânica do seu nome: Adalwolf, que significa ‘lobo nobre’. “Deve por isso que associam meu jeitão a de um pitbull. Nem lobo nem pitbull: por detrás dessa máscara de fera habita um Shih Tzu. Não sou homem de sorriso fácil, mas tenho um profundo senso de justiça e de total respeito à democracia”.
Adolfo lembrou que a eleição para a Assembleia não é um concurso de popularidade. “Aliás”, pontuou ele, “se fosse aferido pelo júri popular, provavelmente perderia, porque tenho conceitos inabaláveis. E um deles é de que o dinheiro público não é meu. O dinheiro público é do cidadão e da cidadã que paga impostos. Tem que ser usado de forma criteriosa, com toda a austeridade recomendável”.
Para ele, cada um de seus colegas poderia ocupar a cadeira de presidente da Assembleia. “Todas e todos estão prontos para alcançar esta oportunidade. Jovens intrépidos ou políticos experimentados: tem gosto para tudo aqui, entre os meus 62 colegas – grandes amigos e amigas – gente da melhor qualidade”, afirmou.
No discurso, fez questão de salientar a grandeza da política, “segundo o conceito do filósofo grego Aristóteles, de que ela é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana”. E acrescentou: “Houve debates e muitos embates para chegarmos até aqui. Mas chegamos e estamos todos felizes por isso”.
Em seu quinto mandato como parlamentar, Adolfo Menezes assegurou: a AL-BA atualmente tem uma das mais diversificadas composições de plenário. “Diversa, plural, divergente ideologicamente, mas com um sentimento republicano da mais alta conta, preocupada, em primeiro lugar, com os interesses maiores da Bahia e do povo baiano”, afirmou, assegurando que todos os projetos importantes para a Bahia foram debatidos, votados e aprovados.
Ao concluir o discurso de agradecimento, ele admitiu que a Assembleia não vai resolver todos os problemas da Bahia. “Não vamos resolver todos os nossos imbróglios, mas temos muito trabalho, principalmente em prol dos baianos e das baianas que mais precisam”. Como não há possibilidade de se resolver tudo, Adolfo insistiu que o Legislativo deve se concentrar nas prioridades – “fome zero, infraestrutura melhor, saúde para todos e educação de qualidade”. E finalizou: “Sigamos em frente, com democracia, fé, esperança e amor, pelas nossas crianças, jovens, homens, mulheres e idosos”.