O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem relatado a aliados um novo plano para as eleições de 2026. Inelegível, o ex-presidente sinaliza que tem hoje, como projeto principal, lançar uma chapa com seu nome como candidato e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como vice.
A estratégia já foi debatida, segundo a coluna de Bela Megale, do O Globo, em um eventual cenário de tentativa de prisão de Bolsonaro. Há a leitura de que o nome Bolsonaro, se mantido na chapa, ajudaria a angariar maior número de votos.
Nomes para ocupar o posto de vice numa composição em que Bolsonaro vá preso também já foram colocados em debate.
Nesta semana, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admitiu que pode ser o plano B para 2026. Como informou a colunista, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos foi o fator principal para colocar o parlamentar como favorito para substituir o pai nas urnas. Eduardo é o nome do Brasil mais próximo a Trump e também de lideranças estrangeiras da extrema direita, como Javier Milei na Argentina e Viktor Orbán na Hungria. Ele é fluente na língua inglesa e especialista em política externa.
Se seguir com o plano, Bolsonaro adotaria uma ação similar à do presidente Lula da Silva (PT). Quando estava preso, em 2018, o petista foi lançado como candidato à Presidência e, depois, por estar inelegível naquele momento, foi substituído por Fernando Haddad.
Na época, o nome de Haddad foi oficializado no último dia do prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para indicar um substituto para Lula. Na ocasião, o registro de candidatura do petista tinha sido rejeitado pela corte eleitoral por ele ser preso.