O Presidente Lula da Silva (PT), e sua assessoria especial para assuntos internacionais, representada por Audo Faleiro, abriram a agenda no último domingo (8), para uma reunião extraordinária. A assessoria do presidente confirmou que essa reunião ocorreu na Residência Oficial da presidência.
Junto com Lula e Audo Faleiro, esteve presente a Secretária-Geral do Ministério das Relações Exteriores, a Embaixadora Maria Laura da Rocha. Esse encontro incluiu a discussão da agenda internacional do presidente ao longo da semana.
O principal ponto da reunião foi a participação de Lula na 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU 79). As assembleias gerais são uma tradição para os presidentes brasileiros que costumam discursar no evento anualmente.
Embora o evento comece oficialmente na terça-feira (10/9), Lula participará entre os dias 24 a 30 de setembro, durante os Debates Gerais. O tema deste ano é “Não deixar ninguém para trás: agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”.
O que está acontecendo na Venezuela?
Outro tópico de grande importância discutido na reunião foi a recente tensão diplomática com a Venezuela. A situação no país vizinho tem se deteriorado rapidamente nos últimos dias após a fuga do opositor Edmundo González Urrutia.
González fugiu da Venezuela e buscou asilo na Embaixada da Argentina em Caracas, que estava sob custódia brasileira até sábado (7/9). Ele foi removido do país e levado para a Espanha por um avião da Força Aérea espanhola, após seu pedido de asilo ter sido aceito por ambos os governos.
Como a crise Venezuelana afeta o Brasil?
Os acontecimentos na Venezuela são de particular interesse para o Brasil, especialmente depois que Caracas revogou a permissão do Brasil para representar a Argentina. A Embaixada da Argentina, que abriga opositores do governo venezuelano, teve seu abastecimento de energia cortado e foi cercada pelas forças armadas venezuelanas.
- Essa embaixada estava sob custódia brasileira após a expulsão dos diplomatas argentinos do país.
- A decisão de cortar a energia e cercar a embaixada aumentou ainda mais a tensão na região.
- Brasil e Colômbia já condenaram o pedido de prisão de González na Venezuela.