“Ninguém tem segurança em quanto tempo ainda nós precisaremos despachar nas térmicas. É importante ter equilíbrio entre o saldo da conta bandeira, entre a recepção e o despacho das nossas térmicas para que a gente não faça o despacho fora de mérito e outras questões que custariam muito mais caro”, disse após evento no MME.
Silveira comentava também sobre as medidas preventivas adotadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta terça-feira (3), incluindo a continuidade do despacho de usinas termelétricas e a articulação para a entrada em operação de novas linhas de transmissão, visando garantir o pleno atendimento à demanda energética nos meses de setembro a dezembro.
Mas o ministro garantiu que as medidas só serão utilizadas em caso de necessidade.
“O despacho de energia foi autorizado como um instrumento de gestão do Operador Nacional do Sistema, mas não há, neste momento, a necessidade de despachos que possam aumentar o custo da energia,” garantiu Silveira.
Ele ressaltou ainda que, apesar da bandeira tarifária vermelha patamar 2, o Brasil está melhor preparado para enfrentar o cenário de estiagem.
“O preço da energia está em bandeira vermelha devido à estiagem, mas nossa situação é muito mais confortável do que em 2021. Naquela época, os reservatórios estavam em torno de 21%, hoje, estão preservados em cerca de 56%,” explicou o ministro.
Bandeira vermelha 2
Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ativou a bandeira vermelha patamar 2, pela primeira vez desde 2021.
Segundo a autarquia, a medida reflete a combinação de chuvas abaixo da média e temperaturas superiores à média histórica, fatores que elevam os custos de geração de energia.
Apesar disso, Silveira garantiu que o país está preparado para enfrentar esse desafio, graças ao planejamento estratégico e à gestão eficiente dos recursos disponíveis.