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sexta-feira 23 de agosto de 2024 às 09:41h

Sucesso marca primeira edição do Programa Deputado Jovem Universitário da AL-BA

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Com uma sessão de votação de dois projetos de lei elaborados pelos “deputados universitários” Matheus Andrade da Hora e Gabriel Mota, foi encerrada nesta quinta-feira (22), a primeira edição do programa Deputado Jovem Universitário, promovido pela Escola da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em parceria com a Secretaria Estadual da Educação (SEC).

Durante os quatro dias do programa, 50 estudantes de diversos municípios baianos vivenciaram o fazer legislativo, que se iniciou na tarde da segunda-feira (19) com a palestra Introdução da Vivência Parlamentar e Processo Legislativo da ALBA, seguida de uma roda de conversa sobre eleições e opinião pública. À tarde, foram formados os partidos políticos do programa, com a eleição dos líderes partidários, formação das chapas e eleição da Mesa Diretora e Colegiado de Líderes.

No segundo dia (20), os jovens deputados foram empossados e diplomados, definiram a presidência das comissões, e participaram de rodas de conversa sobre Direitos Humanos e as Políticas Públicas na Bahia e acerca de Processos Eleitorais com TRE-BA. Na quarta (21), depois da correção de pareceres, pelo mediador Ian Schwarz, eles se reuniram para a liberação de proposições das comissões, na sala das comissões da Casa.

O último dia do programa, nesta quinta (22), foi dedicado à votação dos dois projetos de lei. Um, de autoria do deputado Matheus Andrade, que autoriza a participação de estudantes que ainda não completaram 50% do curso, no Projeto Partiu Estágio, do Governo do Estado, e outro que institui o Programa Estadual de Inclusão, Defesa e Identificação das Pessoas com Deficiências Ocultas. Este foi apresentado pelo estudante da Ufba, Gabriel Guimarães, oriundo de Serrinha. Portador de Transtorno de Espectro Autista, Gabriel teve dificuldades de convivência, passou a primeira infância no hospital, e começou tardiamente na escola.

Para ele, a experiência de vivenciar os ritos da Casa, de ter um projeto aprovado, depois de ter conseguido chegar à Universidade é muito enriquecedora. “Não só pra mim, mas também para todas as pessoas que, historicamente, foram excluídas desses espaços, como na II Guerra Mundial, quando pessoas com deficiência foram mortas, ou a luta antimanicomial que só acabou com as colônias no Brasil em 2001. Eu, como pessoa do espectro autista, vejo uma vitória de todo o movimento”, comemorou.

Cidadania

No encerramento do encontro, a Gerente do Departamento Pedagógico da Escola do Legislativo, Yuriko Guimarães elogiou os universitários por terem incorporado a ideia da vivência parlamentar, sugerindo que eles deem continuidade à experiência “Esse foi um incentivo que a gente deu. Daqui pra frente, vocês têm condição de andar, fazer bons projetos, participando ativamente da política. O nosso poder cidadão não é só no momento do voto, vocês têm que acompanhar todos os projetos no município, no estado, no país, pra saber se aquele parlamentar vai merecer seu voto na próxima legislação”, aconselhou.

Para a coordenadora do programa, Laura Ramos, a primeira edição do PJU foi um verdadeiro sucesso, com total envolvimento dos jovens nas atividades programadas, desde a elaboração de projetos de lei, aos debates dos projetos de leis nas comissões, cumprindo todo o roteiro que o processo legislativo exige.

“Com essa vivência, os jovens deputados universitários estarão mais inseridos no âmbito da política, da cidadania, e conscientes de que podem e devem atuar nesse campo, já fazendo valer seus direitos e deveres como cidadãos”, pontuou.

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