O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã nesta quarta-feira (31), segundo anunciaram na quarta-feira a Guarda Revolucionária do Irã e o próprio movimento islamista palestino, que atribuiu o ataque a Israel. Um alto dirigente do Hamas disse que o assassinato do líder do movimento palestino “não ficará impune”.
“O assassinato do líder Ismail Haniyeh é um ato de covardia e não ficará impune,” afirmou o membro do escritório político do Hamas, Musa Abu Marzuk, em um comunicado.
Segundo a imprensa local, ele teria sido morto em um ataque aéreo: “Haniyeh estava em uma das residências especiais para veteranos de guerra no norte de Teerã, quando foi assassinado por um projétil aéreo”, declarou a agência de imprensa local Fars, uma informação que também é publicada por outros meios de comunicação do país.
Ele participava da cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O comunicado informou que ele e um guarda de segurança iraniano foram alvos no local onde estavam hospedados.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” disse um comunicado no site de notícias Sepah do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.
Hamas está em guerra com Israel desde outubro na Faixa de Gaza, território que governa desde 2007, desencadeada pelo ataque sem precedentes de seus combatentes contra o sul do Estado hebreu. Haniyeh liderava as operações políticas do Hamas no exílio no Catar.
Israel ainda não se manifestou.
Ibrahim Madhoun, um analista próximo ao Hamas, disse que a morte de Ismail Haniyeh foi “um grande golpe” para o grupo, mas afirmou que isso não o desestabilizaria. Ele mencionou que o Hamas já enfrentou isso antes com as mortes de Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, líderes do Hamas mortos por Israel. A morte do líder político do Hamas, segundo ele, ilustra que não há linhas vermelhas na guerra entre Israel e o Hamas.
Líder no exílio
Haniyeh foi escolhido para liderar o escritório político do Hamas em 2017, sucedendo Khaled Meshaal, mas já era uma figura conhecida por ter sido primeiro-ministro palestino em 2006 após uma vitória do movimento islamista nas eleições parlamentares daquele ano.
Considerado um líder pragmático, Haniyeh vivia exilado entre Turquia e Catar. Ele havia realizado missões diplomáticas ao Irã e à Turquia durante a atual guerra para se reunir com os presidentes desses países.
Também se estimava que mantinha boas relações com líderes de diversas facções palestinas, incluindo algumas rivais do Hamas.
Ele se uniu ao movimento islamista em 1987, quando foi fundado durante a primeira intifada contra a ocupação israelense, que durou até 1993.
O Irã fez do apoio à causa palestina um núcleo fundamental de sua política exterior desde a Revolução Islâmica de 1979. As autoridades iranianas celebraram o ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel, mas negaram qualquer implicação.O principal líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã, segundo Guardas Revolucionários do Irã. Detalhes sobre a morte ainda não foram divulgados.
Segundo o comunicado, Haniyeh estava no país para a cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Ele e um guarda de segurança iraniano foram alvos no local onde estavam hospedados.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” disse um comunicado no site de notícias Sepah do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.
Israel ainda não se manifestou.
Segundo o The New York Times, analista próximo ao Hamas Ibrahim Madhoun disse que a morte de Ismail Haniyeh foi “um grande golpe” para o grupo, mas afirmou que isso não o desestabilizaria. Ele mencionou que o Hamas já enfrentou isso antes com as mortes de Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, líderes do Hamas mortos por Israel. A morte do líder político do Hamas, segundo ele, ilustra que não há linhas vermelhas na guerra entre Israel e o Hamas.
Há cerca de um mês, um bombardeio israelense matou dez familiares de Haniyeh, entre eles Zahr, sua irmã.
Haniyeh, que vive no Catar e contra quem o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu mandados de prisão, perdeu três filhos e quatro netos em um bombardeio em abril. De acordo com a rede al-Jazeera, um drone teria atingido, à época, o carro da família no campo de refugiados de al-Shati, no norte do enclave.