Lançado há dois meses e desde então no primeiro lugar da lista de best-sellers do New York Times, “A geração ansiosa” chegará ao Brasil de acordo com a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, no começo de agosto pela Companhia das Letras. Nele, o psicólogo Jonathan Haidt investiga o colapso da saúde mental das crianças e jovens causado por celulares, redes sociais e a hiperconexão que a vida digital oferece.
O autor mostra como taxas de depressão, ansiedade, automutilação e suicídio explodiram a partir dos anos 2010, frente a uma estabilização e até queda desses indicadores nas décadas anteriores.
O resultado, argumenta, foi a substituição, a partir dos anos 1980, de uma infância baseada em brincadeiras por uma infância baseada no telefone, pouco mais de dez anos atrás. Haidt aponta uma série de mecanismos da vida digital atual que interferem no desenvolvimento social e neurológico infantil, da privação de sono até a atenção fragmentada, passando por vício, solidão, falta de contado social, comparação social e perfeccionismo — com efeitos mais perversos sobre meninas do que garotos.