O Colégio Estadual Professora Noêmia Rego, no bairro de Valéria, recebeu o Projeto “Capoeira Educa em Ação”, na última sexta-feira (23). A atividade contou com a presença de capoeiristas, profissionais da educação e membros do poder público.
O projeto foi promovido pela Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (Aceb), em parceria com a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre).
Durante a ação no colégio, o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) reforçou a importância da capoeira como instrumento de transformação social.
“A capoeira que é originária desse processo de arte, luta, cultura, musicalidade e faz a síntese de resistência do povo brasileiro, precisa ser valorizada e entrar pela porta da frente da escola. Por isso, apresentei o projeto de garantia da capoeira nas escolas da rede municipal”, disse ele.
Em 2022, Augusto apresentou o Projeto de Lei nº 170, que visa a inclusão do ensino de capoeira nas escolas da capital baiana. O projeto surgiu após inúmeros diálogos e consultas aos mais diversos grupos de capoeira, que se mobilizaram em defesa da aprovação da matéria, criada em parceria com o coletivo Capoeira em Movimento Bahia.
“Quando falamos que a capoeira tem que estar nas escolas, não é para substituir Matemática, Geografia e História, por exemplo. A capoeira pode ser utilizada como uma ferramenta interdisciplinar”, reforçou Augusto.
Anteriormente, em 2021, o Governo do Estado aprovou a Lei Moa do Katendê (Lei n° 23.281/2019), de autoria da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), que tem como objetivo salvaguardar e incentivar a capoeira no estado, além de apoiar a formação de capoeiristas e incorporá-la ao currículo escolar. Apesar de aprovado na Câmara Municipal, o PL de Vasconcelos foi vetado pelo atual prefeito de Salvador, Bruno Reis. Posteriormente, o veto foi mantido pela maioria dos membros da Casa Legislativa.