Esta é uma boa pergunta. Pergunta divina. É uma dessas tradições difíceis de derrubar, por mais nova que seja. Em 1986, o então presidente José Sarney (MDB) mandou inserir a frase nas notas de cruzado.
Em 1993, quando surgiu o planejamento para lançar o Real, o ministro da economia Fernando Henrique Cardoso manteve a “tradição da cédula brasileira”, como disse na época. Mas esse não é o único sinal que levanta questionamentos como o seu. Tribunais e parlamentos têm crucifixos.
E, na carta constituinte de 1988, lê-se: “promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”. Aí complica.