Daniel Alves, condenado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual na Espanha, ainda tem valores pendentes a receber do São Paulo.
O jogador teve uma passagem pelo clube entre 2019 e 2021. Ao deixar o Morumbi, ele fez um acordo conforme o jornal O Estado de S. Paulo com a equipe para parcelar a rescisão contratual. O valor acordado foi R$ 25 milhões, em 60 parcelas de R$ 400 mil.
O vínculo de Daniel Alves com o São Paulo foi rescindido em setembro de 2021. Ele chegou ao clube na gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
A saída, contudo, foi já com Julio Casares na presidência, responsável por negociar os valores da rescisão e reduzir para R$ 25 milhões a pendência.
O São Paulo não pode parar de pagar a dívida. Em 2021, ainda antes de rescindir, Daniel Alves acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF por salários atrasados.
Na época, o clube poderia perder pontos em caso de punição. Se o acordo da dívida não for cumprido, o processo pode ser reaberto. O jogador chegou a atuar em 18 partidas enquanto o processo corria.
Conforme o balanço financeiro de 2022, o clube devia ainda R$ 22,8 milhões a Daniel. Ao todo, o São Paulo gastou R$ 41 milhões com o lateral, considerando salário e rescisão.
Em agosto de 2023, houve um bloqueio de 30% de cada parcela paga pelo São Paulo em uma ação de pensão alimentícia movida pela ex-mulher de Daniel Alves, mãe de dois filhos do jogador.
O brasileiro está preso na Espanha há 13 meses. Com a condenação desta quinta-feira, dia 22, ele vai continuar privado de liberdade.
A defesa ainda pode recorrer à condenação, além de solicitar que Daniel aguarde este julgamento em liberdade.
A sentença foi de quatro anos e seis meses de reclusão, além de cinco anos em liberdade vigiada e nove sem poder se aproximar ou ter contato com a vítima, uma mulher de 23 anos.