A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou a demissão do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, do cargo que ocupava na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A decisão, publicada nesta quarta-feira (5), foi baseada na constatação de que Weintraub abandonou o cargo, acumulando faltas injustificadas.
O ex-ministro vinha sendo alvo de uma investigação interna na Unifesp devido às suas frequentes faltas sem justificativa. Conforme registrado no Portal da Transparência, Weintraub atua como professor do ensino superior desde 2014, com uma carga horária prevista de 40 horas semanais.
A apuração teve início após a universidade receber uma denúncia de abandono de cargo pela ouvidoria da Unifesp em abril de 2023, levando à suspensão do salário de Weintraub. Além disso, a esposa do ex-ministro, Daniela Weintraub, também enfrentou um processo administrativo devido a faltas injustificadas.
A portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU), estabelece ainda que Abraham Weintraub fique impedido de assumir ou ser nomeado para cargos de comissão ou de confiança no Poder Executivo Federal pelos próximos 8 anos.
Vale lembrar que Weintraub foi ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2020. Ele solicitou sua exoneração do cargo e mudou-se para os Estados Unidos. Recentemente, Weintraub anunciou sua candidatura independente à prefeitura de São Paulo no final de janeiro deste ano.