domingo 22 de dezembro de 2024
Adedeji Ebo reiterou ao Conselho de Segurança que a busca de uma paz justa e duradoura na Ucrânia continuará - Foto: ONU/Eskinder Debebe
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terça-feira 23 de janeiro de 2024 às 16:51h

Países enviaram armamento usado no conflito na Ucrânia nos últimos meses

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As Nações Unidas revelaram que o auxílio militar e as transferências de armas e munições de vários países para as Forças Armadas ucranianas continuaram nos últimos meses.

O vice alto representante do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento, Adedeji Ebo, reiterou ao Conselho de Segurança que a busca de uma paz justa e duradoura na Ucrânia continuará a ter atenção da organização.

Armas convencionais pesadas

O alto funcionário classificou como “muito preocupantes” os relatos sobre a transferência e utilização de munições de fragmentação durante o conflito e fez eco às declarações do secretário-geral pelo fim do uso do tipo de armamento.

Entre o material transferido estão armas convencionais pesadas, como tanques de guerra, veículos blindados de combate, aviões de combate, helicópteros, sistemas de artilharia de grande calibre, sistemas de mísseis e veículos não tripulados.

De acordo com a ONU, a lista inclui munições operadas remotamente, armas ligeiras e de pequeno calibre e suas munições.

O representante também citou relatos de Estados que “transferiram, ou planeiam transferir, armamento com veículos aéreos não tripulados, mísseis balísticos e munições para as forças armadas russas” e que foram utilizados na Ucrânia.

Morte de civis

De acordo com o Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos, o conflito na Ucrânia já provocou 29.731 vítimas civis. Deste número houve 10.287 mortos e 19.444 feridos e o total pode ser consideravelmente mais altos.

Em nota, lançada em Genebra, o escritório deplorou o assassinato de civis num ataque realizado na cidade ucraniana de Donetsk, sob controlo de Rússia, em que foram atingido dois mercados locais e uma área residencial próxima.

Decorre a busca de mais informações sobre o ataque e relatos preliminares indicam que civis foram mortos no ataque, apesar da “falta de acesso a Donetsk e a outras áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia.”

O escritório considera essencial que seja feito um apuramento de forma completa, rápida e independente para determinar os factos e a responsabilidade do ataque. A recomendação é que a investigação determine “se o ato violou a lei aplicável à condução de combates, com vista a garantir a responsabilização”.

Para o alto comissário dos Direitos Humanos, Volker Turk, o direito humanitário internacional deve ser rigorosamente respeitado e as partes em conflito “tomar todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis e protegê-los de perigos.”

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