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quinta-feira 18 de abril de 2019 às 16:32h

Secretário municipal de turismo diz que pardos são “mau-caráter”

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Adilson Durante Filho, que também é Conselheiro de grande time de futebol, confirmou a autoria do áudio

Um áudio vazado na internet, nesta quinta-feira (18/04/19), em que o secretário-adjunto de Turismo de Santos, em de São Paulo, Adilson Durante Filho, faz comentários de teor racista. A gravação viralizou e gerou muita revolta na web. Na conversa, ele afirma que pardos e mulatos são “uma raça que não têm caráter”.

“Aqui a gente está entre amigos. Sempre que tiver um pardo, o pardo o que que é? Não é aquele negão, mas também não é o branquinho. É o moreninho da cor dele. Esses caras, você tem que desconfiar de todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade. Isso é estudo”, diz Adilson.

Durante a conversa, ele também afirma toma cuidado com todos os negros brasileiros. “Todo pardo, mulato, você tem que tomar cuidado. Não mulato tipo o Pedro (amigo de Adilson). O Pedro é tipo para índio, tipo chileno, essas porras. To dizendo um mulato brasileiro. Os pardos brasileiros. São todos mau-caráter. Não tem um que não seja”, concluiu.

Após a fala racista, o Santos Futebol Clube se pronunciou. Adilson é conselheiro do clube. A declaração feita pelo político foi desaprovada pela torcida, que agora pede a saída dele do clube.

Em nota, o Santos Futebol Clube destacou sua trajetória no combate ao racismo. “O time mágico de Pelé, Pepe, Coutinho, Zito e tantos outros gênios do futebol espalhou aquela maravilhosa imagem de brancos e negros se abraçando para comemorar gols que encantavam o mundo. Até hoje mantemos acesa essa tradição. Assim, é muito triste que tantas décadas depois tenhamos de vir a público reafirmar nosso absoluto repúdio a qualquer forma de discriminação e racismo. Brasileiros, somos produto da miscigenação. Santistas, vamos continuar lutando pela paz do nosso branco e pela nobreza do nosso preto, cores eternamente entrelaçadas em nossa história”, finalizou.

Adilson assumiu a autoria do áudio ao site G1. Em nota, e afirma que não teve a intenção de atingir quem quer que seja e que não tem preconceito em razão de cor, raça ou credo. Segundo ele, foi um momento de infelicidade levado pela emoção.

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