Ato convocado por conservadores integra série de passeatas contra projeto de anistia a independentistas catalães processados por tentativa de secessão em 2017. Medida possibilitou manutenção de socialistas no poder.Milhares de pessoas voltaram a protestar neste domingo (3) em Madri contra o projeto de anistia aos independentistas catalães processados pela tentativa fracassada de secessão em 2017, com o qual o premiê socialista Pedro Sánchez obteve seu apoio para governar a Espanha por mais quatro anos.
“Exijo em nome deste país que acabe com este absurdo”, disse o líder do conservador Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, organizador do protesto, aos manifestantes reunidos num parque da capital espanhola.
Núñez Feijóo exigiu o fim dos contatos entre os socialistas e os independentistas catalães do partido de Carles Puigdemont, Juntos pela Catalunha (JuntsXCat), que se exilou na Bélgica em 2017, escapando assim à Justiça espanhola.
Encontro na Suíça
O líder conservador se referiu a Puigdemont, acusando Sánchez de ser “responsável perante aqueles que estão sob ordem de busca e captura”.
Cerca de oito mil pessoas compareceram ao evento, segundo dados da prefeitura, enquanto os organizadores falavam em 15 mil.
A manifestação ocorreu um dia depois de JuntsXCat e os socialistas terem realizado uma primeira reunião na Suíça sobre o prosseguimento do acordo pelo qual o independentistas apoiaram a investidura de Sánchez e que incluía a promessa de promover uma lei de anistia.
Assim que se tornou conhecida esta possível anistia, que tramita no Parlamento, a direita e a extrema direita iniciaram protestos nas ruas, e na maior das manifestações 170 mil pessoas se reuniram em Madrid no dia 12 de novembro, segundo estimativa da prefeitura.