O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Dennis Francis, disse que a adoção da recente resolução pedindo trégua humanitária na Faixa de Gaza é apenas um exemplo que reflete a “consciência da humanidade” pelo órgão.
O representante destacou que a decisão tomada em outubro destaca o pedido de cessar-fogo para salvar vidas e a necessidade de o grupo Hamas devolver os reféns às suas famílias de forma incondicional.
Conselho de Segurança
A votação que passou com votos favoráveis de 121 países aconteceu na sequência da falta de acordo no Conselho de Segurança, após a apreciação de quatro propostas de resolução sobre o tema.
Para Francis, a resolução do órgão de 193 Estados-membros foi uma “grande contribuição” dada pela ONU observando o princípio da Carta de salvar a humanidade do flagelo da guerra. Para ele, a resolução foi apresentada como uma forma de parar a guerra.
O presidente da Assembleia Geral destacou que nunca se alcança unanimidade nas resoluções, mas quando o resultado ultrapassa os dois terços dos votos, “isso é um símbolo e uma mensagem poderosa de concerto, de consenso”.
Maioria dos membros da comunidade internacional
Embora as resoluções do principal órgão da ONU não sejam vinculativas, Francis enfatizou que “elas constituem uma declaração política por parte da maioria dos membros da comunidade internacional.”
A entrevista completa do presidente da Assemble Geral (em inglês) aborda ainda os temas mais salientes discutidos pelo órgão desde setembro passado, quando iniciou o atual ciclo da presidência de um ano.
As sessões abordaram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a necessidade de preparação global para uma próxima pandemia, a garantia de cobertura de saúde para todos e a reforma do Conselho de Segurança da ONU.