O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) criticou neste último sábado (30) a presença de parlamentares alinhados ao presidente Lula (PT) no Partido Liberal, sigla de seu pai liderada por Valdemar Costa Neto. Em publicação nas redes sociais, o filho 02 do ex-presidente comentou sobre o recebimento de emendas por parte da bancada.
“Os outros partidos e grupelhos já perceberam que o PL está se passando nitidamente de fachada e veem a brecha para engolir tudo que você construiu”, disse Carlos.
O vereador prosseguiu e afirmou que como resultado deste partido dividido, os apoiadores de Bolsonaro saem perdendo: “No fim será uma direita permitida versus a esquerda de sempre”.
A crítica do 02 ocorre em um momento de crise dentro do PL. Na semana passada, o presidente Valdemar Costa Neto afirmou à CNN que os parlamentares iriam votar “sim” para uma eventual indicação do ministro da Justiça Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A ocasião gerou rusgas internas com posicionamentos contrários de nomes do quadro como o senador Flávio Bolsonaro (RJ). “Minha posição pessoal é que JAMAIS votaria a favor de uma pessoa arrogante, prepotente, que defende aborto, não combate o tráfico de drogas e armas, debocha do Senado e usa ‘sua’ polícia para perseguir políticos até do governo que integra, quem dirá opositores. Não passaria”, afirmou Flávio.
Os acontecimentos recentes não são uma novidade para o PL. Como o GLOBO noticiou, 34 entre os 99 deputados da sigla mostram abertura ao diálogo com Lula e votam junto com o governo em diversas ocasiões. O caso de maior repercussão foi referente ao parlamentar expulso Yury do Paredão.
O cearense se tornou alvo interno após a coluna do jornalista Paulo Cappelli, no portal Metrópoles, ter publicado uma fotografia em que ele fazia o “L” ao lado de ministros de Lula. Na mesma época, o partido puniu outros sete deputados por terem votado a favor da reestruturação ministerial.