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quinta-feira 28 de setembro de 2023 às 14:52h

Hidrogênio verde: Brasil abre primeiro centro de pesquisa sobre o tema em Minas Gerais

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O primeiro centro de pesquisas em hidrogênio verde do Brasil será inaugurado nesta quinta-feira (28) em Itajubá, Minas Gerais, para estudar formas de avançar o uso do produto, uma das alternativas para reduzir a poluição gerada pela queima de combustíveis fósseis.

O espaço fica na Unifei (Universidade Federal de Itajubá), e foi criado com um investimento de R$ 25 milhões, feito pelo governo da Alemanha, por meio da agência estatal GIZ. Boa parte desta verba foi usada para comprar um eletrolisador de 300 kW de potência, equipamento que produz hidrogênio.

Na segunda etapa do projeto, planejada para o início de 2024, será inaugurada uma unidade de produção de hidrogênio verde e uma estação de abastecimento de veículos. Com isso, o centro deve conseguir produzir 60N m³/h do material e estudar também questões como armazenamento e transporte do material.

“É fundamental a atração de novos investimentos para fortalecer a ampliação do financiamento em hidrogênio e o desenvolvimento desse mercado tão importante para a transição energética. O Ministério de Minas e Energia (MME) está trabalhando na definição do marco legal-regulatório nacional para o hidrogênio juntamente com outros ministérios para apresentar a proposta ao Congresso Nacional”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em agosto deste ano, o MME lançou um plano de trabalho do Programa Nacional do Hidrogênio, que prevê aumentar os investimentos na área em sete vezes, até atingir R$ 200 milhões ao ano em 2025.

“Nosso objetivo é que com esse plano tenhamos, em 2025, uma disseminação de plantas piloto de hidrogênio de baixa emissão de carbono em todas as regiões do país. Em 2030, queremos consolidar o Brasil como um dos países mais competitivos no mundo nessa área”, planeja Silveira.

Em 2022, a demanda global por hidrogênio cresceu 3% em relação ao ano anterior, e atingiu 95 Mt, segundo dados da IEA (Agência Internacional de Energia). A entidade projeta que a demanda deva superar 150 Mt até 2030, puxada por empresas que querem tornar sua produção mais limpa.

Em março deste ano, a União Europeia estabeleceu metas para que o continente reduza o uso de hidrogênio gerado com energia de fontes poluentes, chamado de hidrogênio cinza. Estados Unidos, Reino Unido e Japão também lançaram iniciativas para tentar avançar a tecnologia do hidrogênio limpo.

Além do uso como combustível, o hidrogênio tem várias outras aplicações industriais, como na fabricação de fertilizantes e de outros combustíveis sintéticos, como o SAF (Combustível Sustentável de Aviação).

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