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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu na última segunda-feira (25) a delegação da Green Tech Mission, promovida pelo Departamento de Estado dos EUA e pela US Chamber of Commerce, em São Paulo (SP). O objetivo do encontro, que contou com a presença de representantes dos governos brasileiro e norte-americano, bem como de empresários dos dois países, foi o de acentuar a cooperação entre Brasil e Estados Unidos em áreas de clima, além de discutir projetos como descarbonização, energias renováveis e economia sustentável.1
O encontro é um primeiro desdobramento da agenda do ministro em Nova York na semana passada, dias 18 a 20 de setembro. A delegação que se encontrou com o ministro foi liderada pelo embaixador David Thorne, assessor sênior do enviado especial do presidente Joe Biden para o clima, John Kerry.
Durante o encontro, Haddad salientou a necessidade de buscar de maneira permanente uma abordagem integrada ao comércio com parte da estratégia de uma “agenda verde” em âmbito global. O ministro citou como exemplo valores que unem Brasil e Estados Unidos e os frutos que podem ser colhidos a partir disso.
Ao mencionar a liderança dos dois países, o ministro ainda destacou a importância das figuras-chave neste movimento. Na semana passada, o ministro da Fazenda esteve ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma série de reuniões nos Estados Unidos, inclusive com o presidente dos EUA, Joe Biden.
“Biden e Lula apreciam agendas edificantes e construtivas para um mundo melhor”, afirmou Haddad. “Estivemos nos EUA e ficamos impressionados com a convergência de interesse no tema ambiental,” completou o ministro.
Ferramentas financeiras
Durante sua fala, Haddad enfatizou a importância da criação de instrumentos financeiros novos para auxiliar no objetivo de uma transição ecológica eficaz. Ele citou como exemplo a emissão de títulos soberanos sustentáveis. O Ministério da Fazenda concluiu recentemente um roadshow internacional para apresentar esse novo instrumentos e captar recursos.
O governo brasileiro também aprimorou as regras do Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e operado pelo BNDES, para criar novas linhas que auxiliem no financiamento, a taxas competitivas, de investimentos em inovação e sustentabilidade.
Haddad também falou sobre o projeto de lei, em tramitação no Congresso Nacional, que cria o mercado regulado de carbono no Brasil. A proposta levou em conta a minuta elaborada pelo grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Fazenda, com a participação de mais de dez ministérios, incluindo a Advocacia-Geral da União.
O ministro e os demais presentes realçaram as várias oportunidades de cooperação entre os países para investimentos relacionados à transformação ecológica, incluindo energia de baixo carbono, armazenamento de energia, agricultura sustentável e descarbonização de processos industriais.
