Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) garantiram ao blog de Daniela Lima, que o novo marco fiscal deve ser votado pela Casa esta semana, mas pontuam que esse gesto “encerra o ciclo de entregas” ao governo Lula até a decisão sobre se e como se dará uma reforma ministerial.
Aos críticos do acordo entre Lula, e o PP e o Republicanos, por exemplo, esse grupo desenha: “Lula distribuiu e montou um governo ao seu gosto. São 37 ministérios para ter 150 votos na Câmara. Não vai ter retaliação, não tem irritação, não tem nada. O que tem é a necessidade do governo de resolver um problema: ele não tem base”, diz um integrante da cúpula da Câmara, diz Daniela Lima.
Segundo esse interlocutor, Lira tem feito questão de pedir calma — e ele relata um processo de convencimento e negociação complexo com Lula. A cúpula do PP, por exemplo, diz que não há ministério que contemple a sigla que não o do Desenvolvimento Social, hoje nas mãos do ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
Lula tem argumentado que, não só o MDS é uma pasta simbólica por abrigar o Bolsa Família, como também o Piauí, estado de Dias, foi o que ele mais teve votos na eleição de 2022. O PP sinalizou com o seguinte: se quiser, tire o Bolsa Família do ministério e entregue o programa ao Dias.
Lula desembarcou hoje na África do Sul para reunião dos Brics. Uma amadurecimento sobre as mudanças é esperado para sua volta ao Brasil, na próxima semana.