O advogado Ariovaldo Moreira, que defende o hacker da Vaza Jato preso nesta quarta-feira (2) pela PF, disse em entrevista à GloboNews que o cliente dele tem medo de morrer, mas descarta um acordo delação premiada com a corporação.
Segundo Moreira, Walter Delgatti Neto pode dar “detalhes” à PF. O advogado afirmou, no entanto, que esse eventual acordo ainda depende de uma conversa que ele ainda vai ter com seu cliente.
Advogado disse que o hacker tem como provar que esteve no Ministério da Defesa. Segundo reportagem de Veja publicada em novembro do ano passado, Delgatti foi à pasta para falar sobre urnas eletrônicas com militares após uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em agosto.
De acordo com a revista, esse encontro foi intermediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Delgatti e Zambelli foram alvos de operação da PF. O hacker foi preso em Araraquara, no interior de São Paulo, enquanto a parlamentar foi alvo de mandados de busca e apreensão em sua casa, seu gabinete na Câmara e imóvel funcional.
A corporação investiga se os dois estão envolvidos na invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão).
Moraes determinou que a PF recolha armas, computadores, tablets e o passaporte de Carla Zambelli em todos os endereços relacionados à deputada. Na decisão, o ministro do STF pede para averiguar se há cômodos secretos nos locais.