Segundo Thalys Alcântara, do portal Metrópoles, a Polícia Federal apreendeu dinheiro vivo na casa do empresário Geraldo Cesar Killer, de 58 anos, em Bauru, no interior de São Paulo. Executivo do ramo imobiliário, ele é um dos alvos da 11ª etapa da Operação Lesa Pátria, que apura a responsabilização pelos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília (DF).
Com o empresário bolsonarista Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju, em Mato Grosso do Sul, outro alvo da operação, a PF encontrou um arsenal.
Na manhã desta quinta-feira (11), a PF cumpre 22 mandados de busca e apreensão. Os acusados são suspeitos de financiar os atos de invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. A maior parte dos alvos da operação são empresários do agronegócio e do interior do Paraná.
Cesar Killer é sócio da GCKON Participações, empresa criada em 2005 com três unidades em municípios paulistas, que trabalha com loteamentos, imóveis e consultoria em gestão empresarial.
Segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário de Bauru doou R$ 10 mil para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) e R$ 10 mil para a campanha do senador Marcos Pontes (PL), ex-ministro de Ciência e Tecnologia.
Assim como os outros 21 alvos da operação, Cesar Killer teve o bloqueio de seus bens, ativos e valores até o limite de R$ 40 mil para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público. A PF não detalhou qual seria a participação do empresário nos atos golpistas. A reportagem tenta contato com Cesar Killer.
Quem é Adoilto Fernandes
O empresário e apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é dono de uma loja de materiais de construção de Maracaju, município a 149 km da capital Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Ele também é 2º secretário da Associação Empresarial da cidade.
Adoilto Fernandes constava como suposto financiador dos atos terroristas em uma lista divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em fevereiro. Além dele, 52 pessoas físicas e sete jurídicas tiveram os bens bloqueados a pedido da AGU à época.
Na sequência do episódio, Adoilto publicou uma nota negando que esteve em Brasília em 8 de janeiro. No entanto, o bolsonarista alegou que o material divulgado incluindo seu nome se tratava de “levantamentos preliminares, sem nenhuma certeza”.
“Portanto, esclareço que não participei e tampouco financiei o acontecido em Brasília no dia 8/1 e que, por ocasião do contraditório e do devido processo legal, caso seja instaurado qualquer investigação ou ação, tudo será devidamente comprovado e esclarecido”, afirmou na época, publicou o Metrópoles.