José Múcio apresentou uma minuta de proposta para a sua colega de governo – a ministra da Gestão, Esther Dweck, – pedindo a criação da carreira de servidores públicos civis do ministério da Defesa.
Segundo a coluna de Matheus Leitão, da Veja, Esther Dweck gostou da proposta, pediu um tempo para estudar a minuta com sua equipe de técnicos e dar o sinal verde para tirar a ideia do papel.
Aliás, a ideia de Múcio – o ministro da Defesa que tem conseguido finalmente distensionar as relações entre as Forças Armadas e o governo Lula – é criar uma carreira civil sólida.
A reunião entre os dois ministros de Lula, que deu o “start” para a nova carreira da Esplanada dos Ministérios – o que não acontece há décadas em Brasília -, foi realizada nesta terça-feira, 4.
Hoje, os funcionários do ministério da Defesa são militares e aqueles chamados cargos comissionados.
A nova carreira deverá, obviamente, ampliar do números de civis na pasta e gerar uma natural diminuição de militares cedidos das Forças Armadas, que tocam o trabalho no ministério.
Não que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica vão parar de ajudar o ministério da Defesa, mas o espaço para esses novos funcionários civis é importante para o trabalho técnico e as políticas públicas.
Trata-se de mais um passo para retirar militares de posições de decisão no executivo. Indiretamente, ajuda também a combater a politização nas Forças Armadas, como o outro projeto de Múcio revelado pela coluna.
PS – Nesta segunda, 4, coincidentemente, Esther Dweck afirmou, em entrevista à EBC, que apresentará uma leva de concursos públicos para órgãos federais neste ano. O anúncio deve ocorrer no dia 10, que marca os 100 dias do governo Lula.