Considerado um dos homens de confiança mais próximos de Xi Jinping, Li Qiang foi nomeado neste sábado (11) como novo primeiro-ministro da China, um dia após o presidente conquistar um terceiro mandato inédito.
O ex-líder do Partido Comunista em Xangai, que supervisionou os dois meses de confinamento anticovid caótico na metrópole no ano passado, sucede Li Keqiang, que estava no cargo desde 2013.
O político de 63 anos recebeu quase todos os votos dos delegados reunidos na sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN), que na sexta-feira reelegeu Xi Jinping por unanimidade para mais cinco anos no cargo de chefe de Estado.
A resolução de Xi que designa Li Qiang como primeiro-ministro foi lida no salão do Grande Palácio do Povo de Pequim, na manhã de sábado.
Durante a votação, que registrou 2.936 votos a favor, três contrários e oito abstenções, Xi e Li demonstraram cumplicidade, com trocas de sorrisos e cortesias.
Após a nomeação oficial, Li Qiang prestou juramento com o punho direito erguido e a mão esquerda sobre a Constituição. Ele prometeu “trabalhar duro na construção de um grande país socialista moderno”.
O primeiro-ministro da China lidera o Conselho de Estado. Suas atribuições tradicionalmente estão voltadas para a administração do cotidiano do país e a comando da política macroeconômica.
A ascensão de Li parecia estar em perigo após sua gestão do confinamento em Xangai, a cidade mais populosa e centro econômico da China, onde os moradores enfrentaram muitos problemas para ter acesso a alimentos e atendimento médicos.
Mas a crise foi deixada de lado diante da estratégia de Xi de cercar-se de pessoas leais na cúpula do poder. Em outubro do ano passado, Li chegou ao posto de número dois do Partido Comunista.