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Hugo Chávez e Lula durante cerimônia de inauguração de uma refinaria de petróleo montada em acordo entre os dois países no Recife - Foto: Evaristo Sá/AFP/VEJA
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quarta-feira 25 de janeiro de 2023 às 08:45h

Venezuela e Cuba ainda devem mais de R$ 2,7 bilhões em empréstimos do BNDES

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Venezuela e Cuba ainda devem mais de US$ 529 milhões ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Essa quantia já convertida ultrapassa segundo Bruno Teles, do Geopolítica, o valor de R$ 2,7 bilhões. Com isso, o que leva as pessoas a pensar que Venezuela e Cuba acabaram dando o calote por não quitarem o que foi pego.

A princípio, esse valor representa cerca de 25% do total emprestado a esses países durante o governo Lula e Dilma (PT). Esses dados estão disponíveis no site do banco estatal. Contudo, mesmo com o total já quitado não foi pago pelos dois países que acabaram dando um calote no Brasil fez com que o BNDES acionasse as garantias contratuais e também o Tesouro nacional para cobrir esse rombo.

Sobre o empréstimo de Cuba, um documento da (Camex) Câmara de Comércio Exterior foi divulgado no mandato do Presidente Jair Bolsonaro (PL). No documento consta que o governo federal aceitou ” charutos cubanos ” como garantia para o empréstimo e o valor ajudou a construir o Porto de Mariel. De tal forma, segundo os dados do BNDES, dos US$ 656 milhões que foram emprestados para Cuba, mais de US$ 407 milhões ainda irão vencer.

Aliás, são 214 prestações em atraso que foram indenizadas pelo FGE (Fundo de Garantia à Exportação). Isso é custeado pelo Tesouro, e 13 ainda devem pagar. Já no caso da Venezuela, o débito que consta aberto é menor que o de Cuba, com US$ 122 milhões em total convertido a US$ 1,5 bilhões. Desse modo, foram 641 prestações indenizadas ao BNDES pelo FGE, e o pagador de impostos brasileiros 41 para indenizar.

Desde então, esses empréstimos haviam sido interrompidos logo após os escândalos de corrupção que foram revelados através da “Operação Lava Jato”. Porém, devem retomar neste ano de 2023 com a chegada de Lula ao Palácio do Planalto. E isso tem gerado preocupação para o cidadão brasileiro, será que dessa vez terão senso e responsabilidade ou vai ser aceito tabaco (charuto) como garantia para os empréstimos do BNDES? Também é importante lembrar que em 2004 Lula perdoou 95% de uma dívida de Moçambique. Com Cuba e Venezuela será que a história vai se repetir? Relembre essa história de Moçambique.

Dívida com Moçambique

No ano de 2004 Lula assinou um perdão de 95% da dívida de Moçambique com o Brasil. Ao todo foram mais de US $315 milhões perdoados de uma dívida de US $331 milhões. Contudo, vale lembrar que os outros 16 milhões foram reescalonados, ou seja, essa parte do valor foi empurrada para o fim do contrato do prazo de pagamento. De tal forma, será que esses 16 milhões foram quitados? Ou também perdoados. Por fim, além de Moçambique neste mesmo ano, Lula também perdoou dívidas de Gabão, Bolívia e Cabo Verde, ao todo foram mais de R $1,2 bilhões perdoados.

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