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terça-feira 20 de dezembro de 2022 às 16:01h

Durante sabático, meta de Bolsonaro será fazer Marinho presidente do Senado

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O ainda presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dito em conversa com aliados de acordo com Carla Araújo, no UOL, que vai tirar um período de descanso no início de 2023.

Nos próximos dias a expectativa é que o presidente deixe o Palácio da Alvorada e mude para um condomínio de casas em uma região nobre de Brasília, com despesas custeadas pelo PL. O acerto foi feito diretamente com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

Nesse período ‘sabático’, porém, Bolsonaro tem reforçado que trabalhará nos bastidores para tentar eleger o ex-ministro e senador eleito, Rogério Marinho (PL), para a presidência do Senado.

Na contabilidade atual do PL, Marinho já teria pelo menos 25 votos garantidos para tentar derrubar o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD).

A avaliação feita por integrantes da sigla é de que existe uma “margem possível” de conquistar outros 10 senadores.

Com isso, Bolsonaro e aliados pensam em formas de buscar o restante de votos necessários para que Marinho consiga vencer a disputa, que ainda pode ter outros candidatos.

O alvo continua Moraes

A meta de Bolsonaro tem como pano de fundo, principalmente, tentar levar adiante algum pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, seu algoz durante o governo.

A decisão de abertura de um processo contra membros do Judiciário, segundo a Constituição, cabe “privativamente ao Senado Federal”.
Aliados do presidente têm investido em ações no Congresso contra a cúpula do Judiciário.

No último dia 23, senadores que apoiam Bolsonaro apresentaram pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

Em agosto, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), rejeitou e arquivou um pedido de impeachment que havia sido feito pelo próprio Bolsonaro contra Moraes.

Carla Araújo é jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.

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