Nicolao Dino ficou entre os três mais votados na última lista tríplice, em 2021, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) ignorou e escolheu Aras. Alinhado a pautas mais ligadas à esquerda, Dino se enfraqueceu quando o irmão, o senador eleito Flávio Dino (PSB), foi escolhido para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A leitura no entorno do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), portanto, é de que há necessidade de contemplar outros grupos políticos.
Além disso, pesa contra Dino o endosso que ele deu à Operação Lava Jato em seu início.
O preferido hoje é o subprocurador-geral Antônio Carlos Bigonha, que já presidiu a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), instituição responsável pela lista tríplice da categoria. Ele conta com o apoio do advogado Eugênio Aragão, um dos conselheiros jurídicos de Lula.
Em encontro com ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta segunda-feira (19), Lula afirmou que cometeu alguns erros no passado que não cometeria novamente. Segundo relatos, o petista declarou que não ficará submetido às lista tríplice do Ministério Público porque quer poder escolher livremente entre os procuradores.