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terça-feira 29 de novembro de 2022 às 07:12h

PSDB encolhe e tende a apostar em Leite para eleições de 2026

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Um dos principais partidos para a redemocratização do país, o PSDB saiu menor das eleições deste ano e tem pela frente o desafio de se reinventar depois de desidratar no Congresso Nacional e perder o comando de São Paulo pela primeira vez em quase 30 anos. Mas a eleição de três governadores pode dar um fôlego para a renovação e os nomes de Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS) despontam nas bolsas de aposta para comandar esse processo.

Outrora principal adversário do Partido dos Trabalhadores, com quem rivalizou em todas as eleições presidenciais entre 1994 e 2014, o PSDB perdeu representatividade e não lançou candidato à Presidência da República pela primeira vez desde a sua fundação. O efeito, avaliam integrantes da legenda, foi a redução das bancadas na Câmara e no Senado e o fracasso eleitoral de Rodrigo Garcia em São Paulo, que nem sequer conseguiu disputar o 2º turno em um tradicional reduto tucano. O partido comanda o Palácio dos Bandeirantes de forma consecutiva desde 1995, com seis governadores diferentes no período.

Como em outros Estados, a disputa paulista reproduziu a polarização nacional e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o escolhido para rivalizar com Fernando Haddad (PT), candidato lulista. Na Assembleia Legislativa, o PL e o PT conquistaram as maiores bancadas, em configuração similar à da Câmara dos Deputados, onde o PSDB elegeu apenas 13 dos 18 parlamentares da federação com o Cidadania.

“Tendo em vista o cenário de polarização, a gente consegue explicar o resultado. O remédio fundamental é disputarmos a Presidência da República daqui a quatro anos para protagonizar e elevar nossa bancada no Congresso Nacional”, avalia Marco Vinholi, presidente do PSDB em São Paulo.

A eleição de três dos quatro candidatos a governos estaduais – Eduardo Leite (RS), Raquel Lyra (PE) e Eduardo Riedel (MS) – pode contribuir na busca de um norte que parecia completamente perdido no primeiro turno, já que nenhum deles era favorito nos Estados que disputava.

Fortalecida após dar aos tucanos o comando inédito de Pernambuco, Raquel Lyra deve ter papel importante na configuração, mas Eduardo Leite é o favorito para ditar os rumos nos próximos anos. O gaúcho pode inclusive substituir Bruno Araújo na presidência nacional do partido, bastando aceitar um convite feito pelo próprio dirigente, diz o jornal Valor.

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