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Bolsonaro e Lula no debate da Globo — Foto: Stephanie Rodrigues/g1
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sábado 29 de outubro de 2022 às 08:05h

Debate na Globo tem economia em foco e mais perguntas que respostas

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No último debate entre os candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trataram predominantemente de temas econômicos e sociais, o que se viu bem menos em outros encontros ao longo da campanha, diz Ricardo Corrêa, do jornal O Tempo. Contudo, conforme a publicação, com respostas curtas de ambos, que estavam mais preocupados em economizar tempo para ter a palavra final em cada bloco, pouco se aprofundou em cada assunto ao longo de duas horas de conversa.

No início do debate, Bolsonaro usou parte de seu tempo para defender-se de acusações da campanha adversária de que não vai reajustar o salário mínimo e as aposentadorias a partir de 2023. Nesse momento, aproveitou para lançar uma proposta até aqui não tratada na campanha: a de que aumentará o salário mínimo para R$ 1.400 em 2023.

A discussão entre os dois se deu o tempo inteiro com Bolsonaro acusando Lula de mentir no programa eleitoral para causar terror na população e com o petista questionando por qual motivo o presidente não deu nenhum reajuste acima da inflação para o mínimo em quatro anos de governo. A criação de empregos e a isenção de imposto de renda para determinadas faixas também foram abordadas.

Desde o primeiro bloco também chamou atenção a estratégia de Lula de tentar colocar para o telespectador que Bolsonaro não queria discutir propostas e que estaria ‘nervoso’ e ‘descompensado’. Por sua vez, o presidente buscou enfatizar o tempo inteiro que o adversário fugia das respostas.

Nas poucas vezes em que o tema saia da temática da economia, os dois trataram de corrupção. Com Bolsonaro lembrando do mensalão e do petrolão e com o ex-presidente citando as denúncias de rachadinha e compra de imóveis com dinheiro vivo pela família do adversário. Bolsonaro também citou Geddel Vieira Lima como aliado do petista.

A pauta moral ganhou menos espaço, embora tenha sido tratada na questão do aborto. Dessa vez puxada por Lula, que lembrou um discurso antigo de Bolsonaro defendendo o uso de pílulas abortivas para controle de natalidade. O presidente acusou o petista de defender o aborto em tempos recentes, mas os dois pouco avançaram no tema.

A saúde também esteve presente. Lula destacou a gestão de Bolsonaro na pandemia, acusando-o de atrasar vacinas, e o atual chefe do Executivo criticou o programa Mais Médicos, dizendo que era usado para financiar o regime cubano.

Também foram discutidas políticas para mulheres e sobre armas. Nesse último tema, Lula explorou o episódio do ataque de Roberto Jefferson contra policiais federais, dizendo que era o modelo de cidadão pacífico defendido por Bolsonaro. O presidente, por sua vez, lembrou da participação do ex-deputado no mensalão no governo petista. Em meio a muitos temas e curtas manifestações, sobraram perguntas e faltaram respostas.

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