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segunda-feira 24 de outubro de 2022 às 05:09h

O que será do Brasil um dia depois das eleições?

DESTAQUE, ELEIÇÕES 2022, NOTÍCIAS


A pergunta estampada no título deste artigo é tão importante que não custa repeti-la, diz Nuno Vasconcellos, do portal IG: o que será do Brasil, que atravessou os últimos meses dividido entre os que apoiam o presidente Jair Bolsonaro e os que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, daqui a uma semana? O que acontecerá depois que os votos do segundo turno da eleição estiverem apurados e o nome do presidente que governará o país pelos próximos quatro anos for conhecido? Haverá paz para que o eleito possa trabalhar ou a divisão que temos acompanhado ficará ainda mais acentuada?

O que, afinal, será deste país a partir do dia 31 de outubro de 2022? O vencedor (seja ele quem for) governará apenas para os que o elegeram ou voltará os olhos para todos os brasileiros? E o perdedor? Aceitará o resultado ou colocará em xeque os números que emergirem das urnas? Afinal, o eleito terá a capacidade e a habilidade de fazer o Brasil se unir em torno de seu governo ou dará continuidade ao clima de “nós contra eles” que marcou tanto as administrações petistas quanto a de Bolsonaro?
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As respostas a essas perguntas, é claro, refletião o clima político do país, afetarão a economia e determinarão as respostas a dúvidas ainda mais profundas, que vêm incomodando a sociedade brasileira nos últimos anos. O pais conseguirá andar para a frente ou corre o risco de recuar? O nível de emprego seguirá em recuperação ou voltará aos índices preocupantes vistos na fase final do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e, já sob Bolsonaro, nos momentos iniciais da pandemia da Covid-19? A inflação recuará e se manterá dentro da meta ou continuará corroendo a renda do trabalhador, como vem acontecendo nos últimos anos?

São, como se vê, dúvidas pertinentes e importantes, que dizem respeito à vida real das famílias e que sofrerão, é claro, a influência da decisão que o eleitor vier a tomar no interior da cabine de votação no próximo domingo. De um modo geral, o brasileiro vota influenciado pelo bolso. Tirando as minorias que se guiam por razões ideológicas, o eleitor mais sensato costuma dar seu voto àquela candidata ou àquele candidato que, num ambiente democrático, for mais convincente na hora de prometer emprego, alimentação, saúde e segurança.

À espera  de 2026

O problema é que, à véspera da eleição que escolherá o próximo presidente da República e ao final de uma campanha marcada pela troca de acusações, pela ausência de propostas e pela falta de clareza sobre os projetos dos dois candidatos, o Brasil está cindido meio a meio. O resultado da última pesquisa Datafolha publicado na tarde de quarta-feira passada mostra Lula com 52% das intenções de voto e deixa Bolsonaro com 48%.

Outros levantamentos, como o do instituto paulista Brasmarket, por exemplo, mostram Bolsonaro com 52,7%, à frente de Lula, que tem 47,3%. No final das contas, porém, essas e outras pesquisas, com todas as suas imperfeições e seus méritos, mostram uma fotografia muito parecida da situação: o cenário aponta para o empate técnico.

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