O resgate de dez trabalhadores desaparecidos em uma mina do México desde o dia 3 de agosto pode levar até 11 meses, indica um plano apresentado na quinta-feira (25) pelo governo a parentes dos funcionários. A previsão praticamente acaba com a esperança de encontrá-los com vida.
“Estamos desesperados, não sabemos o que fazer, não podemos aceitar isso”, disse à AFP Juani Cabrales, irmã de Mario Alberto Cabrales, um dos mineradores acidentados.
A estratégia foi proposta pela titular da Defesa Civil, Laura Velázquez, que se reuniu nesta quinta-feira com parentes dos funcionários na comunidade Agujita, estado de Coahuila, onde fica o complexo de carvão inundado.
Sem detalhar a duração das novas manobras, Laura explicou que estão em estudo três opções, que incluem a abertura de um túnel com “rampas de acesso inclinado” para chegar às galerias da mina, além do bombeamento de água, segundo um boletim da Secretaria de Segurança e Proteção Cidadã.
Desde que o acidente aconteceu, não há sinais de vida dos trabalhadores. “Tínhamos esperança de que levaria um mês, e agora vêm com isso. É quase um ano, não é possível, deve haver outras formas”, protestou Guadalupe Cabrales, também irmã do trabalhador.
Embora desconheçam os detalhes técnicos, as duas mulheres disseram que o plano sugere que se faça uma nova perfuração para entrar nas galerias.
O presidente Andrés Manuel López Obrador anunciou na manhã desta quinta-feira que o plano seria apresentado aos familiares dos mineradores, para que o aprovassem, e divulgado ao público nesta sexta-feira (26).