Ao menos três interessados em comprar a Braskem formalizaram propostas pela petroquímica nos últimos dias, informou o jornal Valor.
Apollo, BTG Pactual e Unipar apresentaram ofertas independentes e com termos distintos por parte ou pela totalidade da maior fabricante de resinas das Américas, partindo de R$ 40 por ação, segundo fontes próximas ao processo.
A gestora americana Apollo, de acordo com uma das fontes, propôs a compra de 100% das ações da Braskem, incluindo portanto a fatia de Novonor e Petrobras e uma oferta pública (OPA) pelos papéis em circulação no mercado, com fechamento de capital da empresa.
O BTG Pactual, por sua vez, fez uma oferta formal de aquisição das dívidas da Novonor que são garantidas por ações da Braskem, confirmando o interesse em assumir a petroquímica pela via dos credores da controladora.
Já a Unipar, conforme outra fonte, teria colocado uma proposta formal apenas pelas operações da Braskem em São Paulo.
Segundo essas fontes, Novonor e Petrobras seguem interessadas na venda de suas participações na petroquímica, preferencialmente por meio de uma oferta subsequente de ações (follow-on) e migração da Braskem para o Novo Mercado.
As condições de preço atuais, porém, não favorecem uma operação dessa natureza. Hoje a Braskem vale pouco mais de R$ 28 bilhões na B3 e a expectativa é que as ações, que acumulam baixa de quase 37% no ano, sigam pressionadas pela piora dos spreads petroquímicos no mercado global.
A antiga Odebrecht contratou no ano passado o Morgan Stanley para assessorá-la na venda da Braskem. Conforme o Valor informou há cerca de duas semanas, a desvalorização da companhia acabou esfriando o processo, embora os interessados seguissem em contato com Novonor e seus credores e com o banco.
Procurada, a Novonor não comentou o assunto. Apollo e Petrobras não retornaram ao pedido de comentário até o momento.