Antigos adversários em disputas polarizadas à presidência da República, lideranças do PT e do PSDB começam a construir pontes, mesmo discretas conforme o Congresso em Foco, nestas eleições. Quadros históricos do partido como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador de São Paulo José Serra quando perguntados pelo sobre um eventual apoio à candidatura de Lula – seja no primeiro, ou em um eventual segundo turno – não descartam o nome do petista.
“Eu defendo que o PSDB tenha um candidato próprio. Eu acho prematuro falar disso agora [sobre um apoio a Lula]”, disse José Serra. As especulações em torno da aproximação entre petistas e tucanos – inimaginável tempos atrás – começou após o ex-governador de São Paulo João Doria, do PSDB, retirar sua pré-candidatura à Presidência depois de uma rejeição galopante nas pesquisas e dentro do partido.
O ex-presidente Lula fez sua parte registra o site: ligou para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para tratar do cenário político e a posição dos tucanos. Aos aliados, Lula disse que é preciso respeitar o tempo do PSDB após a queda de João Doria. Há uma movimentação de tucanos e aliados do ex-presidente Lula para um encontro entre os dois – eles já estiveram juntos na campanha em que o petista o apoiou FHC ao Senado, em 1978, e não acham essa missão impossível de se repetir em 2022. Além disso, o ex-governador Geraldo Alckmin, quadro histórico do PSDB, já é o atual vice de Lula pelo PSB.