Quinze pessoas morreram em um ataque em uma escola primária no Texas, Estados Unidos, segundo informações divulgadas pelo governador do Estado, Greg Abbott. O atirador, de 18 anos, matou 14 estudantes e um professor na Robb Elementary School, na cidade de Uvalde.
O governador disse de acordo com o canal BBC News, que o suspeito estava armado com um revólver e possivelmente um fuzil no ataque.
O governador Abbott diz que o suspeito está morto. Possivelmente ele foi alvejado pelos policiais.
“Dois policiais responderam ao ataque e foram atingidos por balas, mas não sofreram ferimentos graves”, disse Abbott.
O atirador também pode ter matado sua própria avó no início do tiroteio, de acordo com a mídia local americana. O atirador é um estudante do ensino médio local, de acordo com a CBS, parceira da BBC nos EUA.
Um porta-voz da polícia em Uvalde disse que o agressor “agiu sozinho neste este crime hediondo”.
O Distrito Escolar Independente Consolidado de Uvalde – cerca de 135 quilômetros a oeste da cidade de San Antonio – afirmou à BBC que os alunos foram evacuados da escola. Pouco menos de 500 estudantes estão matriculados no colégio.
A população foi orientada a ficar longe do local enquanto a polícia investiga a cena do crime.
Uma mulher de 66 anos foi atendida em um hospital em San Antonio e estava em estado crítico, segundo as autoridades locais.
Os hospitais da região divulgaram que os alunos foram atendidos por seus serviços de emergência.
O Uvalde Memorial Hospital postou no Facebook que 13 crianças foram levadas ao hospital “por meio de ambulâncias ou ônibus”. Duas pessoas morreram ao chegar ao hospital.
O prefeito de Uvalde, Don McLaughlin, disse à rede de televisão ABC News em uma mensagem de texto que “esta é uma situação muito ruim”.
O FBI está ajudando na investigação, de acordo com a CBS.
O último dia de aulas para os alunos do distrito escolar estava marcado para quinta-feira. Os alunos da escola secundária local em Uvalde, uma comunidade de cerca de 16 mil habitantes, iriam se formar na sexta-feira.
O ataque na terça-feira aconteceu em meio a um aumento da violência armada nos Estados Unidos. Mas tiroteios em escolas primárias, onde os alunos têm idades entre cinco e 11 anos, ainda são relativamente raros.
Ataques em escolas se tornaram recorrentes nos EUA, com 26 casos registrados no ano passado, de acordo com a EdWeek, uma publicação especializada em educação.
Exercícios de proteção contra atiradores são uma parte comum do currículo escolar no país, do o ensino fundamental até o médio.
O tiroteio de 2012 na Sandy Hook Elementary School em Connecticut chocou os americanos. Vinte das 26 vítimas desse ataque, realizado por um jovem de 20 anos, tinham entre cinco e seis anos.
Um relatório de 2020 do Government Accountability Office dos EUA apontou que dois terços de todos os tiroteios em escolas americanas acontecem no ensino médio e que os tiroteios nas escolas primárias são mais acidentais.