Aliados de Jair Bolsonaro (PL) contrataram recentemente de acordo com Robson Bonin, da coluna Radar, uma pesquisa qualitativa para guiar os rumos do presidente na campanha. Nesse tipo de levantamento, um grupo de eleitores é bombardeado por vídeos que expõem o que há de pior sobre o candidato.
Bolsonaro e todas as suas barbaridades no Planalto, as rachadinhas familiares do passado e outras coisas mais… Já Lula, o amplo esqueleto da corrupção dos governos petistas, os dólares jogados fora em Cuba e na Venezuela… Nesse suco da polarização, quem perde mais eleitores?
O presidente, como está diariamente na vitrine apanhando, por incrível que apareça, consegue segurar mais o eleitor disposto a votar nele. Essa turma já não se importa com o conjunto da obra do capitão. Pensa como ele ou não liga para as questões.
Para a turma que vota em Lula, no entanto, o passado petista de corrupção ainda é custoso. Uma parte dos eleitores — a parcela que voltou ao olhar para o petismo por rejeitar Bolsonaro — redescobre a rejeição ao petista. Pode votar em Lula? Pode, mas adoraria buscar outro nome. Para onde vão esses votos? Nesse primeiro momento, para a terceira via, hoje representada por Ciro Gomes.
A notícia só não é tão ruim para Lula — que vai para a eleição abraçado a corruptos como José Dirceu, sem reconhecer a roubalheira petista e sem prometer mudanças — porque o eleitorado que corre dele agora tende a voltar num eventual segundo turno.