Os servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica expressam preocupação, segundo o jornalista Diego Escosteguy, do Bastidor, sobre a ascensão de Sandoval Feitosa à direção-geral do órgão. Ele já era diretor; agora recebeu mandato do Senado para comandar a Aneel por cinco anos.
Embora Sandoval seja funcionário de carreira, foi indicado a nova mandato após articulação intensa de Ciro Nogueira. O ministro da Casa Civil travou guerra com empresários do setor para emplacar o aliado.
Parte dos servidores acreditam segundo o portal, que Sandoval é um nome excessivamente político, mesmo para os padrões atuais das agências reguladoras. Temem que interesses alheios ao público prevaleçam na agência.
Essa preocupação decorre, também, da nova composição da Aneel – uma composição eminentemente política. O senador Marcos Rogério liderou as nomeações de outros dois nomes, como antecipado pelo Bastidor: Fernando Mosna (assessor do parlamentar) e Ricardo Tili (diretor da Eletronorte). O ministro Bento Albuquerque bancou a diretora Agnes da Costa. Hélvio Guerra, após gambiarras legais e com apoio do grupo de Bento, permaneceu na agência. É elogiado por grandes empresários do setor.
Sob reserva, alguns dos funcionários mais graduados afirmam a Diego Escosteguy, do Bastidor, que a Aneel foi definitivamente capturada – um termo comum no setor para designar que um órgão foi conquistado por empresários e seus apadrinhados. “Teremos que provar o contrário a cada decisão”, diz um dos mais antigos servidores da agência.