sexta-feira 22 de novembro de 2024
Foto: Reprodução
Home / JUSTIÇA / Ciro Gomes liga mensagens vazadas da Lava Jato à operação contra ele: ‘Macabros’
terça-feira 25 de janeiro de 2022 às 15:43h

Ciro Gomes liga mensagens vazadas da Lava Jato à operação contra ele: ‘Macabros’

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


O presidenciável Ciro Gomes (PDT) relacionou, em publicação nas redes sociais, as novas mensagens vazadas da Operação Lava Jato – publicadas hoje pelo site da revista Carta Capital – à operação em que foi alvo em dezembro do ano passado.

Alguém terá alguma dúvida, depois de ler esta documentada matéria de Glenn Greenwald e Victor Pougy, de que a operação abusiva contra mim é remanescente da ação deste grupo fora-da-lei comandado por Moro e Delagnol? https://t.co/qoU71RJr7S

— Ciro Gomes (@cirogomes) January 25, 2022

“Alguém terá alguma dúvida, depois de ler esta documentada matéria de Glenn Greenwald e Victor Pougy, de que a operação abusiva contra mim é remanescente da ação deste grupo fora da lei comandado por Moro e Dallagnol?”, escreveu o ex-ministro da Fazenda.

Ciro foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal por supostas irregularidades nas obras da Arena Castelão, estádio localizado em Fortaleza e usado na Copa do Mundo de 2014.

A reportagem da Carta Capital, que dá prosseguimento à série de matérias publicadas no site The Intercept Brasil – conhecida como “Vaza Jato” -, revela que, no dia 13 de fevereiro de 2019, a procuradora Laura Tessler enviou uma mensagem perguntando se havia algo contra Ciro e Cid Gomes, e acrescentou que estaria “louquinha pra fazer uma visita pra ele [Ciro]”.

“O pior é que os dois, depois de perseguirem adversários e enriquecerem com a Lava Jato, querem contaminar ainda mais o ambiente político, ganhando um novo palco para seus espetáculos macabros”, completou Ciro Gomes, na publicação nas redes.

Rodrigo Maia também é citado

Atual secretário do governo João Doria (PSDB), Rodrigo Maia (sem partido-RJ) também é citado pelos procuradores nas mensagens reveladas pela Carta Capital, quando ainda era presidente da Câmara dos Deputados. Em resposta a uma matéria da Folha de S.Paulo sobre o parlamentar licenciado supostamente se irritar com Sergio Moro, o grupo lamentou pelo então ministro da Justiça não agir com a veemência necessária contra Maia.

“FDP”, respondeu o procurador Athayde Ribeiro Costa sobre a notícia. “Maia está gostando do poder e com o governo fraco colocou as mangas de fora”. A procuradora Jerusa Viecili ecoou a preocupação de Athayde: “nessa confusão toda que virou o pais [sic]. Maia vai crescendo. até pelas trapalhadas do executivo que acabam atingindo e diminuindo o prestígio de Moro”.

Em nota enviada ao portal UOL pela assessoria de imprensa, Rodrigo Maia diz que as novas mensagens provam a existência de uma organização criminosa comandada por Sergio Moro.

“A forma como eles agiam era tentar constranger as pessoas através das redes sociais, inclusive usando o aparelho do Estado brasileiro, o que é crime. A Lava-Jato tentou ocupar o aparelho do Estado brasileiro. São milicianos da mesma forma”, diz o secretário. “O que vemos é que foi montada uma organização criminosa para avançar em cima das instituições para que esse grupo tomasse o poder. A filiação do ministro Moro, e principalmente a do Deltan, é a prova disso.”

O jornalista Márcio Chaer, responsável pelo site Conjur, também aparece nas mensagens vazadas. Os procuradores questionam também se há alguma informação sobre o editor do veículo de comunicação especializado na cobertura jurídica. Chaer já teceu críticas à Lava Jato.

A reportagem do UOL diz que entrou em contato com o senador Cid Gomes e o jornalista Márcio Chaer, mas ainda não obteve um posicionamento.

Veja também

Funcionários têm medo de revelar uso de IA para seus chefes

Quase metade dos trabalhadores sente desconforto em admitir para seus chefes que utiliza inteligência artificial (IA) …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!