O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não abre o jogo sobre quem será seu vice nas eleições deste ano. Dentro do governo, porém, cresce o número de defensores do nome da ministra Tereza Cristina. Ela é deputada federal licenciada filiada ao DEM, mas irá se filiar ao PP. Hoje, segundo a coluna de Bela Megale, a titular da pasta da Agricultura angaria apoio até de boa parte da ala militar, desbancando o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto.
Com a eventual escolha de Braga Netto para ser vice, Bolsonaro abriria mão do lastro político. Por outro lado, a opção é vista como um “seguro impeachment” para o presidente, ou seja, haveria a certeza de que o general não atuaria para ocupar a cadeira de presidente. Acontece que tanto militares quanto a classe política veem Tereza Cristina como uma figura mais agregadora e de diálogo, além de ser uma mulher em um posto chave para Bolsonaro.
O presidente quer alguém em quem possa confiar e ter a certeza de que, em uma eventual crise, seu vice não trabalharia para tirá-lo da cadeira. Aliados de primeira ordem de Bolsonaro tentam convencê-lo de que a ministra seria o nome da classe política que mais se encaixaria no perfil.
A ministra tem a simpatia do mais novo aliado de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. A sigla é a mesma que abriga Bolsonaro.