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sábado 18 de dezembro de 2021 às 15:05h

Bolsonaro vira padroeiro da estabilidade dos servidores públicos, diz coluna

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Jair Bolsonaro se elegeu prometendo terrenos na lua aos milhares de bolsonaristas ou antipetistas que votaram nele em 2018, conforme relembra a coluna Radar.

Um deles, uma ameaça a carreiras de Estado, usava o discurso conforme a publicação, de meritocracia para justificar o fim da estabilidade dos servidores concursados na máquina federal.

Em 2019, o presidente voltou ao tema ao falar da reforma administrativa. “Olha, a ideia é daqui pra frente. Daqui para frente não teria estabilidade, essa é que é a ideia”, disse ao deixar o Alvorada para comprar uma motocicleta em Brasília.

Com o primeiro mandato caminhando para o fim, o presidente coleciona ataques a servidores. Todos relacionados a decisões que freiam interesses de amigos do Planalto ou visões ideológicas distorcidas do presidente.

O episódio mais recente está na pressão sobre a Anvisa. Se Bolsonaro pudesse, ele teria demitido servidores que autorizaram a vacinação de crianças de 5 a 11 anos com o imunizante da Pfizer. As declarações do presidente são públicas. Ficaram apenas no falatório porque a lei protege os servidores. Há outros exemplos. Muitos exemplos.

Chefe da Economia, Paulo Guedes provocou indignação ao chamar os servidores de “parasitas” em 2020. Levará muito tempo para que o país conheça todos os prejuízos e retrocessos causados pelo governo em diferentes setores da máquina — o que se passou no MEC e o episódio da corrupção na compra de vacinas, denunciado por outro servidor público, mostram que a coisa é feia. Um fato, no entanto, já é cristalino: com sua postura no Planalto, Bolsonaro conseguiu explicar de forma simples ao país a importância da estabilidade dos servidores.

Ela existe para garantir o cumprimento da lei, tentar evitar privilégios aos amigos do poder e barrar devaneios de líderes autoritários de turno.

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