A Comissão de Educação do Senado aprovou a criação do Dia de Santa Dulce dos Pobres, em homenagem à Irmã Dulce, a freira baiana que se tornou a primeira santa brasileira reconhecida oficialmente pela Igreja Católica.
A criação de um dia em homenagem à Irmã Dulce é um Projeto de Lei do senador baiano Angelo Coronel (PSD).
O Projeto vai agora para análise da Câmara dos Deputados, e se for aprovado, a homenagem à primeira santa brasileira será em 13 de agosto, pois foi nesse dia, em 1933, que Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes tornou-se freira ao receber o hábito das Irmãs Missionárias em Salvador e passou a adotar o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe.
Seis anos depois, ela fundou o Colégio Santo Antônio, uma escola voltada para operários e filhos de operários, e em 1949, Irmã Dulce usou um galinheiro que ficava ao lado do Convento Santo Antônio para alojar 70 doentes.
“Irmã Dulce construiu o que se tornaria depois o maior hospital da Bahia, a partir de um galinheiro. E em 1959 foi criada a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), seguida pelo Albergue Santo Antônio. Ela foi o anjo bom da Bahia, admirada nacional e mundialmente porque viveu única e exclusivamente para ajudar os mais pobres”, resume Coronel na justificativa do projeto.
O relator do projeto, senador Flávio Arns (Podemos-PR), lembra que “o trabalho de Irmã Dulce era dedicado aos mais pobres, aos desvalidos, aos sem casa, aos que estavam na sarjeta: o marginal, a prostituta, o desvalido. E a vinculação à saúde tem muito a ver com o trabalho e o legado que deixou após 60 anos de intensos trabalhos”.
Hoje as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) realizam 2,2 milhões procedimentos ambulatoriais por ano e dispõem de 954 leitos em cinco hospitais.
A Osid também oferece Ensino Fundamental para 750 crianças e adolescentes e fornece 1,7 milhão refeições gratuitas de por ano.