Partidos políticos ignoraram a abertura do código-fonte das urnas eletrônicas nas últimas três eleições, evento que marca a inspeção do sistema eleitoral pela sociedade. A única legenda que participou efetivamente da fiscalização do sistema foi o PT, mas só até 2002, quando Lula venceu as eleições presidenciais.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, nas eleições municipais e gerais, em 2016 e 2018, só a Polícia Federal participou da abertura do código-fonte das urnas. Em 2020, o Ministério Público Federal se juntou à PF. Nas três ocasiões, os partidos foram convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para as eleições de 2022, a abertura aconteceu em outubro de 2021 e foi antecipada em seis meses, em uma tentativa de aumentar a transparência do processo eleitoral, que estava sob ataques de Jair Bolsonaro. O evento virtual foi acompanhado por presidentes do MDB, PSL, Rede e PT.
Neste mês, Bolsonaro recuou e afirmou que confia nas urnas eletrônicas. Poucos meses antes, o presidente distorceu fatos para ameaçar as eleições e tornou-se alvo de inquéritos no STF e TSE.