Em participação ao UOL News, o colunista Marco Antonio Villa falou sobre a saga do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em encontrar um partido para se filiar e, assim, conseguir concorrer à eleição presidencial de 2022. Na avaliação de Villa, quando Bolsonaro entra numa sigla, ele quer controlar o caixa.
“Valdemar [Costa Neto] dá nó em pingo d’água, e a questão toda é que tem o fundo partidário e eleitoral. Ele, que é muito esperto, não vai entregar a Bolsonaro algumas sessões regionais que para ele são fundamentais, por exemplo a de São Paulo. Eles [Bolsonaro e Valdemar] andaram trocando mensagens pouco republicanas, e parece que pelo andar da carruagem não deve ocorrer filiação de Bolsonaro no PL. Ele vai buscar outro partido”, disse o colunista.=
“E quando ele entra, quer controlar o caixa, o dinheiro, e não a questão política ideológica, não está se discutindo com Valdemar o programa do Partido Liberal. Ele disputa a chave do cofre: se ele vai controlar e saquear ou se Valdemar, o boy de Mogi, quem vai sequer. É uma conversa entre piratas da política. Não tem interesse publico aí”, acrescentou.
Ontem (14), o PL confirmou o cancelamento do evento de filiação do presidente Bolsonaro ao partido previsto para 22 de novembro. A possibilidade de filiação de Bolsonaro ao PL não está descartada, mas não há mais previsão de data para que isso ocorra.
No comunicado, Costa Neto diz que a decisão do adiamento da filiação foi tomada “de comum acordo” e “após intensa troca de mensagens na madrugada” com o presidente da República.
Mais cedo, Bolsonaro afirmou ainda ter “muita coisa a conversar” com Valdemar Costa Neto e que a data de filiação dele ao partido poderia ser adiada.