O MDB da Bahia já gozou de mais prestígio junto a ACM Neto. Quando concorreu à reeleição em Salvador em 2016, o ex-prefeito filiou Bruno Reis ao partido e o escolheu como vice. Fortalecido no cenário nacional com a assunção de Michel Temer à Presidência da República, a sigla se cacifou e passou a exigir a indicação do vice na chapa da cogitada candidatura de Neto ao governo baiano em 2018.
O escândalo do bunker de R$ 51 milhões envolvendo a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, em 2017, no entanto, tornou o MDB uma espécie de elemento radioativo, do qual ACM Neto quis se afastar. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o ex-prefeito passou a dizer nos bastidores que não sairia candidato com a sigla na chapa majoritária, articulou a saída de Bruno do partido e o filiou ao DEM.
Desde então, a legenda perdeu protagonismo no cenário político baiano e não conseguiu eleger nenhum representante pelo Estado no Congresso Nacional. Agora, com a disputa entre ACM Neto e o grupo do PT pelo seu passe, o MDB recupera aos poucos a relevância perdida.
A reportagem procurou ACM Neto para comentar o assunto, mas não obteve resposta.