André Mendonça fez uma nova rodada de conversas segundo a coluna de Lauro Jardim, para tentar se descolar da fama de apoiador da Operação Lava-Jato. Nos últimos dias, de acordo com a publicação, o indicado de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) teve uma longa conversa com um ministro da corte e com senadores sobre o tema. Ele voltou a ser confrontado com a ata de uma reunião que teve com a força-tarefa de Curitiba, em fevereiro de 2019.
Os tópicos do encontro trazem temas que arrepiam a classe política, como a prisão após a condenação em segunda instância e competência da Justiça Eleitoral para examinar casos de corrupção associados aos de caixa 2. Para integrantes do STF e parlamentares críticos à operação, o documento mostra que Mendonça trabalhou pelas pautas de Deltan Dallagnol e sua equipe.
A resposta que Mendonça tem apresentado é que o foco do encontro seriam as multas cobradas de empreiteiras que firmaram acordos de leniência e que teriam a Advocacia-Geral da União (AGU), órgão do qual era o chefe, como parte da negociação. Os interlocutores, porém, não têm se mostrado convencidos.