Marcada para outubro, a cerimônia de formatura do Instituto Rio Branco, a escola de formação dos diplomatas brasileiros, promete.
O homenageado, como revelou nesta quarta-feira (28) Camila Mattoso da F0lha, será o embaixador José Jobim, assassinado pela ditadura — em sua certidão de óbito, consta “morte violenta e não natural, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da sistemática e a perseguição generalizada à população identificada como adversária política do regime ditatorial de 1964 a 1985”.
Tradicionalmente, a formatura de alunos do Rio Branco conta com a presença do presidente da República e dos principais ministros do governo.
As dúvidas que se impõem: Jair Bolsonaro presidirá a cerimônia no Itamaraty? Ou vai tentar censurar a escolha dos futuros diplomatas?
A propósito, foi numa cerimônia dessas que, no passado, Ernesto Araújo proferiu um dos seus discursos mais tristemente célebres. Foi quando ele bateu no peito e bradou:
— Se nova política externa do Brasil faz de nós um pária internacional, então que sejamos esse pária.