A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Maria do Socorro Barreto Santiago foi acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter ganho um relógio da marca Rolex, com valor estimado em R$ 449 mil.
Os procuradores afirmam, conforme o jornal O Globo, que o presente foi pagamento de propina feito por um dos alvos da Operação Faroeste, o advogado que continua preso, Adailton Maturino dos Santos, o ‘falso cônsul’.
Maria do Socorro foi solta no mês passado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas Adailton Maturino permanece preso. Ela é acusada de atuar em benefício do advogado em uma disputa judicial sobre posse de terras no oeste da Bahia.
Os investigadores localizaram o rolex em buscas em seus endereços e, após interrogar o vendedor, descobriram que o relógio havia sido vendido para Adailton Maturino, que posteriormente o deu para a desembargadora.
“A dinâmica delituosa deu-se por meio do recebimento de um relógio Rolex, DAYTONA, Oyster Perpetual, caixa e bracelete em ouro amarelo, mostrador na cor preta, referência 116528, calibre 4130, cuja avaliação atual de modelo semelhante gira em torno de R$ 449.227,0038.”, escreveu a PGR na denúncia movida contra Maria do Socorro e Adailton na semana passada.